A CONMEBOL e a agência FC Diez Media apresentarão no dia 5 de março as regras para a concorrência pela compra dos direitos de transmissão das Copas Libertadores e Sul-Americana no período entre 2023 e 2026. E, no dia 4 de abril, os vencedores das concorrências serão conhecidos.
Segundo apurou a reportagem da Máquina do Esporte, agência e entidade têm procurado dar mais peso e propriedades para as plataformas pagas de transmissão na venda dos pacotes, oferecendo mais jogos exclusivos e primeiras escolhas de partidas a serem exibidas.
Entre os três pacotes de vendas que serão comercializados, dois serão exclusivos para as plataformas pagas. Além disso, na fase de grupos tanto da Libertadores quanto da Sul-Americana, dos seis jogos transmitidos, em três a primeira escolha será feita prioritariamente pelas plataformas pagas. Atualmente, apenas a plataforma aberta tem o direito de fazer a primeira escolha do jogo a ser transmitido.
A ideia, com isso, é estimular que as empresas do segmento participem da disputa pelos direitos, aumentando o faturamento com a venda desses direitos. O mercado brasileiro é o mais valioso para a CONMEBOL, respondendo por cerca de 60% de toda a receita das competições.
Para a TV aberta, a expectativa é de que praticamente não exista uma grande concorrência. Band, Globo e SBT devem participar da licitação, mas a verba a ser gasta com as competições não é algo que possa aumentar muito em relação ao que já se fatura atualmente com a Libertadores (a Sul-Americana só é transmitida pela CONMEBOL TV).
Na plataforma paga, a consolidação do mercado de streaming é a grande aposta de CONMEBOL e FC Diez Media para ampliar o faturamento com a venda de direitos. A entrada de novos competidores, como Amazon Prime Video, HBO Max e Star+, pode fazer com que haja uma disputa mais acirrada pelos direitos. Com isso, a expectativa é de que, ao dar mais peso para as propriedades das plataformas pagas, a verba a ser gasta pelas empresas aumente.
Como a Máquina do Esporte revelou na última quinta-feira (10), existe até mesmo a possibilidade de uma única empresa comprar os direitos exclusivos de transmissão dos torneios, algo que havia sido descartado pela CONMEBOL no atual ciclo de venda. Para isso acontecer, porém, a verba a ser despendida na aquisição terá de ser muito alta.