Com média de 1,96 milhão de pessoas sintonizadas no canal ABC, do Grupo Disney, o Grande Prêmio de Miami de Fórmula 1 de 2023 teve uma queda de 24% na audiência dentro dos Estados Unidos quando comparado ao índice de 2,58 milhões de telespectadores alcançados na edição do ano passado.
A etapa também foi o conteúdo com menor público da ABC no período da tarde de um domingo desde quando a emissora transmitiu um jogo da liga de futebol americano da primavera da XFL, que concorreu com a final do torneio Masters de golfe.
Vale destacar que a estreia da prova de Miami no calendário da F1, ocorrida em 2022, foi a transmissão de automobilismo ao vivo mais assistida da história nos EUA. No entanto, considerando exibições gravadas ou com delay, a etapa ficou atrás do GP de Mônaco de 2002, que obteve uma média de audiência de 2,78 milhões e foi mostrado com atraso por conta de coincidir com o horário das 500 Milhas de Indianápolis daquele ano.
Interesse do público
Potencializada pelo sucesso da série Drive to Survive, a audiência americana da F1 parece não ter se empolgado com o GP de Miami, o que é justificável. Isso porque a corrida foi por um bom tempo liderada por Max Verstappen, que venceu a prova com mais de cinco segundos à frente do segundo colocado (Sergio Pérez) e cerca de 30 segundos de diferença para o terceiro (Fernando Alonso).
Com isso a disputa ficou menos interessante para o público, mesmo com Verstappen tendo largado na nona colocação, uma vez que não aconteceram momentos emocionantes, como ultrapassagens entre os pilotos que disputaram a liderança.
Esse fator provavelmente contribuiu para a queda de audiência do GP de Miami. Apesar disso, a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F1, ligou o sinal de alerta para analisar se isso ocorreu em razão das circunstâncias da corrida ou se o público norte-americano realizou um “test drive” com a F1 no ano passado e agora não está mais interessado na categoria.