Copa Feminina 2023 inaugura novo acordo de direitos de transmissão de Globo com Fifa

Renata Silveira, Ana Thaís Matos e Luiz Roberto, em evento da Globo - Adalberto Leister Filho/ Máquina do Esporte

A Globo apresentou, nesta terça-feira (11), no hotel Copacabana Palace (zona sul do Rio de Janeiro), seu plano de cobertura para a Copa do Mundo Feminina, que será disputada na Austrália e Nova Zelândia a partir do próximo dia 20.

Segundo o contrato de direitos de transmissão assinado pelo Grupo Globo com a Fifa para o próximo ciclo até a Copa do Mundo Masculina de 2026, haverá a exibição de 34 jogos na grade do Sportv (TV fechada), enquanto a Globo (TV aberta) transmite sete partidas, seguindo, a princípio, a campanha da seleção brasileira feminina na competição.

“A Copa do Mundo é o auge desse nosso projeto. Aliás, essa Copa inaugura uma nova fase do nosso acordo na Fifa em que a gente tem metade dos jogos da Copa, garantindo que os jogos do Brasil estejam conosco. E é exatamente esse modelo que vai acontecer em 2026 com a Copa masculina”, contou Renato Ribeiro, diretor de produção e conteúdo de esporte da Globo.

Embora a emissora não tenha dado maiores detalhes do novo acordo, na prática, o Grupo Globo irá transmitir apenas 52 dos 104 jogos da Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. Será a primeira edição do Mundial masculino com a participação de 48 seleções.

Na Copa do Mundo do Catar 2022, a Globo exibiu os 64 jogos do torneio, sendo 56 ao vivo e oito partidas da última rodada da fase de grupos em VTs por serem disputadas de forma simultânea em cada chave.

Aposta

Após bom resultado na transmissão da última edição da Copa do Mundo Feminina, disputada na França, em 2019, a Globo espera ampliar a audiência na edição deste ano. Há quatro anos, a Fifa destacou que a final entre Estados Unidos x Holanda teve audiência de 20 milhões de pessoas somados os públicos de Globo e Sportv. O número foi superior inclusive ao da torcida norte-americana, campeã mundial com vitória por 2 a 0 na decisão.

“Falar de futebol feminino para a Globo é uma aposta e um investimento. Nenhuma empresa de mídia no Brasil investe tanto no futebol feminino com aquisição de direitos e visibilidade. A gente é quem mais transmite futebol feminino no Brasil”, ressalta Ribeiro.

“O futebol feminino para nós é muito mais do que um negócio. É um posicionamento. Quando a Globo abraça o futebol feminino estamos querendo comunicar algo relevante à sociedade brasileira”

Renato Ribeiro, diretor de produção e conteúdo de esporte da Globo

Ribeiro refere-se às transformações promovidas nas redações do Grupo Globo nos últimos anos, dando espaço para mulheres em funções antes restritas aos homens, com a contratação de narradoras, comentaristas e repórteres.

“Temos mais mulheres na tela e fora da tela, em cargos estratégicos e executivos. É algo sólido e consistente. É uma jornada que sabemos que é muito longa, mas que vamos continuar seguindo em frente. Acreditamos neste projeto”, afirmou o executivo.

Na Copa do Mundo Feminina, a Globo e o Sportv terão profissionais que já atuaram de forma pioneira no Mundial do Catar 2022, como as narradoras Renata Silveira e Natália Lara e a comentaristas Ana Thaís Matos.

Na Austrália, a Globo terá a apresentadora Bárbara Coelho, os repórteres Marcelo Courrege, Gabriela Moreira e Denise Thomaz Bastos e a comentarista Renata Mendonça.

No Brasil, as transmissões também terão a participação dos narradores Luiz Roberto, Luiz Carlos Júnior e Isabelly Moraes; além de comentaristas como Formiga, Aline Calandrini, Lédio Carmona, Richarlyson e Pedrinho.

“Uma Copa do Mundo Feminina tem um significado muito especial porque ela representa um pouco das nossas próprias conquistas. A gente lutou muito para falar de futebol, para ocupar esse espaço em um jogo que anteriormente era visto como exclusivamente masculino”, destaca Renata Mendonça.

Patrocínio

Posicionamento, diversidade, ocupação de espaço. A estratégia do Grupo Globo que chega ao auge com as transmissões da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia também gerou negócios para a empresa. O mercado passou a valorizar mais o futebol feminino e respondeu aos planos da empresa com a competição.

“Temos 19 cotas de participação entre Globo e Sportv, o que é algo inédito e mostra o tamanho da força desse evento”, afirma Joana Thimoteo, diretora de eventos e esporte da Globo.

Na Globo estarão BMG, Betnacional, Claro, Guaraná Antarctica, GWM (Great Wall Motors), Magalu, OMO, PagBet, Rexona e Visa. No Sportv, a relação conta com a dobradinha de Betnacional, Claro, Guaraná Antarctica, GWM, Magalu, OMO, PagBet e Rexona, além da entrada de Itaú Unibanco.

“Mas, mais do que a venda, a gente entende que está falando de uma jornada e, quando chega a Copa do Mundo, é uma consequência de um trabalho que a gente fez ao longo desses quatro anos”, diz Joana.

As cotas de patrocínio da competição darão visibilidade às marcas parceiras nos intervalos comerciais, da TV aberta e fechada, além de destaque na cobertura no GE.

 “Entendemos que o ecossistema do futebol feminino está em profundo desenvolvimento e estamos fazendo a nossa parte. Estamos falando em fomento. Acreditamos que estamos no meio desse caminho. Quando olhamos as conquistas, temos que celebrar, elas existem e são muito fortes. E quando olhamos onde queremos chegar, ainda temos um caminho para seguir. E as marcas estão olhando isso”, analisa a executiva.

*O repórter viajou a convite da Globo

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