O DAZN encerrou o ano de 2024 com prejuízo antes dos impostos de US$ 935,6 milhões. Apesar do resultado negativo, a companhia comemorou uma redução de US$ 501,4 milhões de perda em relação ao déficit de 2023. As informações são do site especializado SportsPro Media.
A diminuição do prejuízo foi acompanhada por um crescimento de 11% na receita, que passou de US$ 2,86 bilhões para US$ 3,19 bilhões.
Segundo a empresa, o aumento de arrecadação foi impulsionado por uma nova estrutura de preços nas assinaturas, aquisições recentes, crescimento nas operações de apostas e pay-per-view (PPV), além da consolidação da receita do Game Pass International, da NFL.
A expansão para Bélgica e Portugal, via aquisição da Eleven Sports, também contribuiu para a melhoria do desempenho.
Investimentos
A redução do prejuízo também foi atribuída à diminuição de custos operacionais, incluindo taxas de direitos de mídia. Atualmente, o DAZN tem compromissos de US$ 9,8 bilhões em direitos de transmissão.
Para sustentar a operação, o proprietário Leonard Blavatnik investiu US$ 587 milhões em 2024, elevando para mais de US$ 7 bilhões o total aportado por ele e pela Access Industries nos últimos nove anos.
A empresa também recebeu US$ 1 bilhão da Surj Sports Investment, subsidiária do Fundo de Investimento Público (PIF), da Arábia Saudita, no início do ano. O aporte ocorreu pouco depois do pagamento de US$ 1 bilhão pelos direitos globais de transmissão da Copa do Mundo de Clubes da Fifa 2025.
Projeções
O CEO do DAZN, Shay Segev, afirmou ao jornal britânico Financial Times que Blavatnik não fez novos aportes em 2025 e que espera que este seja o primeiro ano sem necessidade de apoio financeiro adicional.
“Este negócio tem um potencial muito grande para gerar muito dinheiro livre. Felizmente, chegamos a esse ponto. Nossos acionistas acreditam nesse negócio. Eles investiram muito nele”, declarou Segev.
O executivo também indicou que a empresa considera lançar uma oferta pública inicial (IPO), após ter adiado os planos em 2023.
“Nossa meta é atingir pelo menos US$ 5 bilhões em receitas neste ano. As margens estão melhorando, nossos principais mercados já são lucrativos em 2025, e estamos confiantes de que o grupo também será lucrativo em 2026”, analisou.
O CEO do DAZN acredita que a empresa esteja começando a ver os resultados dos investimentos realizados nos últimos anos.
“Agora estamos no ponto de inflexão. Eu diria que agora somos a maior plataforma de futebol do mundo”, enfatizou.
