A transmissão dos jogos das fases de grupos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana alcançou 122 países. Segundo a FC Diez Media, agência que cuida dos direitos das competições de clubes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), a média dessa fase era, anteriormente, de exibição em 85 países.
“Quando acionamos os mercados internacionais, procuramos unir o alcance de audiência ao potencial de receita. O nosso objetivo é ter a melhor exposição possível para o mundo inteiro. Em algumas oportunidades, preferimos fazer uma transmissão digital por meio de plataformas próprias, por entender que o mercado poderia ter uma oferta melhor nestes dois aspectos”, disse Eduardo Lobato, gerente sênior de contas de mídia da FC Diez Media.
“Temos um compromisso com os torcedores, principalmente na final, de fazer com que ela esteja disponível no número máximo de países possível”, acrescentou.
O último contrato de TV negociado pela agência teve a distribuição de direitos de mídia entre empresas que já eram parceiras da Conmebol, como SBT, ESPN e Directv; de novos, casos de Paramount e OneFootball; e do retorno da Globo depois de dois anos e meio ausente. A licitação foi supervisionada pela Ernest & Young Argentina.
“A chegada de novos players no mercado mostra o potencial da Conmebol no desenvolvimento de negócios nos territórios”, afirmou Lobato.
“Isso vai além da relevância dos campeonatos e se deve também à transparência no processo de venda e à qualidade de entrega de transmissão que, exceto os narradores e equipe de reportagem usados pelos nossos clientes, hoje tem 100% de entrega realizada pela Conmebol”, completou.
Melhores momentos
As novidades do novo ciclo incluem o retorno da Libertadores à TV aberta na Argentina, na Telefe. A Paramount também assegurou os direitos para a Chilevisión, no Chile, e a Pluto TV em todos os países latino-americanos, exceto o Brasil, onde a empresa investiu e tem um pacote de Libertadores e outro de Copa Sul-Americana, no Paramount+.
O aplicativo OneFootball adquiriu o pacote de melhores momentos, introduzido pela primeira vez no ciclo atual e disponibilizado enquanto as partidas estão acontecendo.
“Durante o ciclo de 2019 a 2022, entendemos que havia uma demanda para criar um pacote de clipes. Apresentamos a estratégia para a Conmebol, que aprovou o lançamento dentro do nosso RFP [ponto inicial da licitação]”, contou Lobato.
“O nosso foco era ter um parceiro que fizesse para um público mais jovem, atendendo ao público que gosta de acompanhar diversos jogos ao mesmo tempo, sem necessariamente estar assistindo àquele jogo durante o tempo inteiro”, completou o executivo, referindo-se ao OneFootball.
ESPN
ESPN e Conmebol ampliaram a parceria. No ciclo passado, após o Grupo Disney adquirir a Fox, a emissora herdou os pacotes do Fox Sports no Brasil e no resto da América do Sul. A ESPN renovou o principal pacote para plataformas pagas, com 77 jogos da Copa Sul-Americana.
Somando-se as 81 partidas do pacote da Libertadores e da Recopa Sul-Americana (com exclusividade até 2026), o canal fechado praticamente dobrou o número de jogos que transmitia em relação ao contrato anterior.
Formato
A Conmebol decidiu alterar o formato da Copa Sul-Americana, após reuniões com a FC Diez Media, aumentando o número de jogos de 102 para 157. Esse desenho estreou em 2021.
Com isso, a Directv renovou o seu pacote exclusivo na América Latina, com direito à exibição de todos os jogos. No Brasil, a ESPN percebeu a possibilidade de aumentar a oferta de jogos com clubes brasileiros e comprou o pacote principal da competição. Mesmo exemplo da Paramount, que possui pacotes nos dois principais torneios do continente.
Depois de alguns anos sendo exibida exclusivamente em plataformas fechadas, o SBT trouxe de volta a Copa Sul-Americana à TV aberta no Brasil, com um jogo por semana no canal, garantindo a audiência com a participação de clubes de massa como Corinthians e São Paulo na competição.
Segundo o departamento de mídia da agência, a expectativa é de que a distribuição digital da final da Libertadores ultrapasse 190 países. O horário da decisão é um facilitador, porque, além de servir os principais mercados (Estados Unidos e Europa), permite atender basicamente o mundo inteiro, por meio de planejamento e parcerias.