A Ligue 1 segue com problemas sérios relacionados aos direitos de transmissão domésticos. A liga francesa não chegou a um acordo com o Canal+ e, com isso, segue sem parceiros para distribuição de seu serviço direto ao consumidor (DTC).
O Campeonato Francês iniciou a temporada 2024/2025 com um acordo com o DAZN. Durante o ano, porém, a plataforma alegou que precisaria rever o contrato de € 400 milhões por temporada por não ter tido sucesso com a venda de assinaturas.
Após batalha judicial, o DAZN e Ligue 1 chegaram a um acordo para encerrar o contrato. O streaming teve que pagar € 140 milhões de indenização aos clubes pelo fim precoce.
Diante da situação, a LFP, órgão regulador do futebol francês, apostou na criação de uma plataforma de streaming própria. Para potencializar o alcance da iniciativa, a liga francesa abriu negociações com o Canal+, que já transmitiu a competição e conta com aproximadamente 9 milhões de assinantes na França.
O problema se deu por conta de valores. A Ligue 1 buscava um acordo de € 200 milhões, mas o Canal+ pretendia pagar a metade disso, € 100 milhões.
Agora, a LFP tem menos de dois meses para resolver a crise, já que a temporada 2025/2026 da Ligue 1 deve começar no dia 18 de agosto. Atualmente, o único acordo da competição é com a BeIN Sports, que transmite um dos 9 jogos disputados por rodada.
Finanças
As dificuldades para conseguir um acordo benéfico para transmissão doméstica tem grande potencial de prejudicar o futebol francês. Após as saídas de nomes de peso como Lionel Messi, Neymar e Kyllian Mbappé, a Ligue 1 sofre para seguir interessante.
Um dos principais problemas está no valor que os clubes receberão. A sustentabilidade financeira das equipes da Ligue 1 e Ligue 2 dependem dos pagamentos provenientes dos direitos de transmissão.
Sem um acordo garantido, os clubes perdem um importante pilar para segurança financeira, o que pode prejudicar o nível das competições.