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Operação fecha maior plataforma ilegal de streaming esportivo do mundo

Streameast gerou 1,6 bilhão de visitas combinadas no último ano, com transmissões de eventos como NFL, NBA, F1, Champions League e Premier League

Streameast teve média de 136 milhões de visitas mensais no último ano - Reprodução

O Streameast, maior plataforma ilegal de streaming esportivo do mundo, foi fechada após um ano de investigação. A informação foi publicada por veículos como The Athletic e The New York Times.

De acordo com o The Athletic, uma operação em conjunto entre a Aliança para Criatividade e Entretenimento (ACE), uma coalizão de 50 organizações de mídia e entretenimento, incluindo Amazon, Apple TV+, Netflix e Paramount+, e autoridades egípcias ocorreu no dia 24 de agosto e culminou no fechamento.

Segundo a publicação, o Streameast gerou 1,6 bilhão de visitas combinadas no último ano (média de 136 milhões de visitas mensais), com mais de 80 domínios envolvidos, originários principalmente dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Filipinas e Alemanha. A plataforma fornecia acesso gratuito a transmissões de eventos como NFL, NBA, F1, Champions League e Premier League.

Dois homens foram presos sob suspeita de violação de direitos autorais em El-Sheikh Zaid, na província de Gizé, no Egito (cerca de 32km a oeste do Cairo). Durante a operação, as autoridades apreenderam laptops e smartphones suspeitos de operar os sites. Além disso, dinheiro e diversos cartões de crédito foram achados e confiscados.

Os investigadores ainda descobriram ligações com uma empresa de fachada nos Emirados Árabes Unidos, supostamente usada para lavar receitas publicitárias no valor total de £ 4,9 milhões desde 2010, além de mais de £ 150 mil em criptomoedas. Diversos imóveis no Egito também são suspeitos de terem sido adquiridos com recursos ilícitos.

“A ACE obteve uma vitória retumbante em sua luta para detectar, deter e desmantelar criminosos perpetradores de pirataria digital ao derrubar a maior plataforma ilegal de esportes ao vivo do mundo”, afirmou Charles Rivkin, presidente da ACE e presidente e CEO da Motion Picture Association (MPA).

“Com esta ação histórica, somamos mais pontos para ligas esportivas, empresas de entretenimento e fãs em todo o mundo. Nossa aliança global permanecerá em campo pelo tempo que for necessário para identificar e combater as maiores redes de pirataria em todo o mundo”, completou.

Vale destacar que a ACE trabalha em colaboração com agências de segurança pública em todo o mundo, incluindo a Europol, o Departamento de Justiça dos EUA, o Escritório do Representante Comercial dos EUA e o Centro Nacional de Coordenação de Direitos de Propriedade Intelectual.

“Esta ação desmantelou rapidamente o que antes era a maior operação ilegal de streaming de esportes do mundo, e eu aplaudo as autoridades egípcias por sua parceria. É mais uma prova de que nenhuma rede de pirataria está fora do alcance de uma fiscalização global coordenada”, celebrou Larissa Knapp, vice-presidente-executiva e diretora de proteção de conteúdo da MPA, uma das principais colaboradoras da iniciativa da ACE.

“Desmantelar o Streameast é uma grande vitória para todos que investem e dependem do ecossistema de esportes ao vivo. Essa operação criminosa estava desviando valor dos esportes em todos os níveis e colocando fãs do mundo todo em risco”, disse Ed McCarthy, diretor de operações do Grupo DAZN.