Sete equipes da Fórmula 1 correm o risco de quebrar o limite de gastos estabelecido pelo regulamento do campeonato por causa da inflação. O aumento de energia e combustível afetou o transporte logístico das equipes, que podem enfrentar sanções por descumprimento do teto de gastos.
“Sete equipes podem perder as últimas quatro corridas para cumprir o limite de gastos deste ano“, alertou Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull.
“Não se trata apenas das grandes equipes, mas também das intermediárias, que sofrem tanto com os problemas de inflação como as grandes”, destacou o dirigente.
O limite de orçamento estabelecido pelo campeonato é de US$ 145 milhões por temporada, o que pode aumentar ou diminuir em US$ 1,2 milhão para cada corrida que for estendida ou removida do cronograma. Neste ano, por exemplo, o GP da Rússia deixou o calendário por causa de sanções impostas devido à guerra na Ucrânia.
Punições
Se as regras da competição forem quebradas, existem dois tipos de sanções possíveis: as punições por um custo extra menor, que são realizadas quando uma equipe excede o limite de gastos planejado em 5%, e as sanções por um custo extra material, o que implica ter superado uma barreira de mais de 5% de gastos.
As penalidades por uma infração menor podem levar à retirada de pontos dos pilotos, que também podem ser suspensos de uma corrida ou ter o teto salarial reduzido para temporadas futuras. No caso de uma grande violação dessa regra, até uma possível exclusão do Campeonato Mundial de Fórmula 1 pode acontecer.
A F1 fechou o primeiro trimestre do ano com perdas de US$ 33 milhões, em um período em que foram disputados dois Grandes Prêmios. Já a Liberty Media, gestora da categoria, faturou US$ 2,569 bilhões e apresentou lucro líquido de US$ 296 milhões no mesmo período. O portfólio da empresa é composto pela Fórmula 1, a plataforma de rádio SiriusXM e o Atlanta Braves, da MLB.
Vale lembrar que a maior competição automobilística do mundo é organizada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), embora gerida pela Liberty Media, que adquiriu a categoria em setembro de 2016.