A escuderia norte-americana Haas anunciou, nesta quinta-feira (20), que terá um novo patrocinador máster a partir da temporada 2023 da Fórmula 1. A equipe fechou com a empresa de tecnologia financeira MoneyGram, cuja sede fica na cidade de Dallas, no estado do Texas. O acordo foi divulgado apenas como sendo “por vários anos”, sem detalhes sobre a duração exata e os valores envolvidos.
Especializada em pagamentos instantâneos e transferência internacional de dinheiro, a fintech chega para ocupar o lugar da empresa russa de fertilizantes Uralkali, que, junto do piloto Nikita Mazepin, deixou a equipe de maneira forçada no primeiro trimestre deste ano por conta da guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia.
“Estamos felizes em receber uma marca incrível como a MoneyGram como nossa nova patrocinadora máster. Desde que chegamos ao Mundial de F1, em 2016, a Haas conquistou uma reputação grande de força, agilidade e resiliência, e a MoneyGram traz isso também do mundo dos serviços financeiros”, afirmou Gene Haas, fundador da equipe.
O acordo foi revelado às vésperas do Grande Prêmio dos Estados Unidos, que será disputado neste fim de semana no Circuito das Américas, em Austin, no Texas. Apesar do contrato ter início apenas na próxima temporada, a MoneyGram aproveitará a prova para promover uma série de ativações, uma vez que a equipe estará correndo em casa.
“Gostamos de pensar em nós mesmos como uma das maneiras mais rápidas de enviar dinheiro, e a F1, sendo um dos esportes mais rápidos do mundo, é uma sobreposição fantástica e uma oportunidade extremamente única para nós. Quando você pensa na própria Haas, eles são um tipo de equipe rock and roll e, sob a liderança de Gene e parceria com Guenther [Steiner, chefe da equipe], acho que criaram uma equipe realmente atraente”, declarou Alex Holmes, CEO da MoneyGram, em entrevista à agência Reuters.
A Haas não será o primeiro investimento da fintech no marketing esportivo. A empresa já fez parceria com o ICC Cricket, órgão que comanda o críquete mundial, e o FC Dallas, que disputa a Major League Soccer (MLS). Para entrar na F1, um dos principais atrativos foi o aumento do número de fãs jovens da categoria, em parte atraídos pelo sucesso da série Drive to Survive, da Netflix, e também o fato de que os Estados Unidos, a partir do ano que vem, passarão a receber três provas da categoria: Austin, Miami e a estreante Las Vegas.
“Acho que foi uma combinação, uma mudança na estrutura em torno da marca Fórmula 1, a introdução de algumas das novas corridas e claramente a associação com ‘Drive To Survive’, da Netflix, que realmente trouxe uma demografia completamente diferente. Além disso, Miami tem muito brilho, e a corrida de Las Vegas será um divisor de águas. É uma oportunidade de fazer o esporte ganhar vida no mercado dos EUA”, resumiu Alex Holmes.