A Fórmula 1 obteve um faturamento de US$ 360 milhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa um aumento de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada pela Liberty Media, dona dos direitos comerciais da categoria.
O bom desempenho financeiro foi refletido no lucro operacional de US$ 34 milhões no período. No ano passado, a F1 teve prejuízo de US$ 33 milhões no primeiro trimestre.
A categoria teve um crescimento de receita na promoção de corridas, direitos de mídia e patrocínio. Os aumentos foram impulsionados por duas corridas realizadas no primeiro trimestre de 2022, em comparação com apenas uma no mesmo período do ano passado.
Torcida e patrocínios
A Liberty Media observou que a presença de torcedores nas corridas em 2021, principalmente no início da temporada, foi limitada devido à pandemia de Covid-19. A oferta de hospitalidade vip do Paddock Club da F1 também não funcionou no primeiro semestre do ano passado.
A categoria não espera que seus resultados em 2022 sejam afetados por tais limitações de capacidade, embora a participação dos fãs continue sendo avaliada pelas autoridades governamentais a cada etapa do Mundial.
Além de tudo isso, o crescimento na receita de assinaturas do serviço de streaming da F1 ajudou a aumentar os ganhos com direitos de mídia, juntamente com extensões de transmissão com empresas como Foxtel (Austrália) e StarHub (Cingapura). Acordos com a MSC Cruzeiros, Lenovo e Tata Communications durante o primeiro trimestre de 2022 contribuíram para o aumento da receita de patrocínio.
“Tivemos um início fenomenal na temporada, aproveitando nosso impulso de um 2021 bem-sucedido”, analisou Stefano Domenicali, presidente e CEO da F1.
“Os novos carros e regulamentos estão entregando como esperávamos, permitindo corridas mais competitivas, mais ultrapassagens, batalhas por posições e resultados emocionantes. Nossos eventos estão atraindo um público crescente, tanto pessoalmente quanto nas nossas plataformas”, destacou o executivo.
Greg Maffei, CEO da Liberty Media, afirmou que a audiência do Grande Prêmio da Emilia-Romagna, em Ímola, no mês passado, teve um aumento de 28% em relação à prova do ano passado.
“Também vemos demanda recorde nos EUA no início da temporada. Na ESPN, os telespectadores das etapas da Arábia Saudita e do Bahrein aumentaram 56%”, contou o executivo.
Antes do GP de Las Vegas do ano que vem, Maffei também confirmou que a Liberty Media concordou em adquirir 39 acres de terra no leste da cidade. O executivo explicou que isso será usado “para bloquear o desenho do circuito e criar capacidade para os boxes e o paddock”. Ele espera que a transação seja concluída no segundo trimestre deste ano e custe cerca de US$ 240 milhões.