A Volkswagen se prepara para entrar na Fórmula 1 por meio de sua subsidiária Audi. A montadora alemã negocia com a McLaren para ser a fornecedora de motor da equipe a partir de 2026. Além disso, a Porsche, outra marca da Volkswagen, negocia um contrato com a Red Bull.
Segundo o site Sport 1, as negociações estão em andamento. A Audi pagaria € 650 milhões à McLaren, tornando-se sócia majoritária da marca e ficando com um terço da equipe de F1.
A Audi já tem uma presença significativa no esporte como acionista minoritária do Bayern de Munique. A marca é dona, juntamente com a seguradora Allianz e a marca esportiva Adidas, de 25% do time alemão (cada empresa possui partes iguais). Já os 75% restantes pertencem ao clube e seus parceiros.
Atualmente, a McLaren tem como fornecedora de motores a Mercedes, outra gigante alemã, com a qual tem contrato até 2025. Caso não seja possível chegar a um acordo com a McLaren, especula-se que a Audi negociaria com a Williams, equipe que deixou a família Williams e foi vendida para o fundo de investimentos americano Dorilton Capital.
A F1 pretende ter mais variedade de fabricantes de motores, por isso está de olho na Audi e na Porsche, cujos representantes teriam participado de várias reuniões.
Um ponto-chave para conquistar as duas fabricantes pode ser a eliminação, a partir de 2026, da chamada unidade MGU-H (Motor Generator Unit Heat), tecnologia que recupera energia por meio dos gases produzidos pelo motor e que é muito cara, mas não tem relevância para carros produzidos em série. Portanto, seu desenvolvimento não é de interesse particular para a Volkswagen.
A F1, cujos direitos comerciais pertencem à Liberty Media, encerrou o exercício fiscal de 2021, em 31 de dezembro, com aumento de 46% no volume de negócios, chegando a US$ 2,136 bilhões. Os direitos de transmissão representaram 40% da receita da Liberty Media, em parte devido a melhores termos em alguns acordos novos e outros renovados, além do crescimento na receita de assinatura da TV F1, serviço de streaming da empresa.