Vivendo uma batalha judicial com a Warner Bros. Discovery (WBD) por seus direitos de transmissão, a NBA pediu à Suprema Corte de Nova York que as propostas de Amazon e NBC, vencedoras da licitação para o próximo contrato de direitos domésticos de transmissão, sejam mantidas em sigilo.
A NBA, em sua resposta inicial ao processo iniciado pela WBD, afirmou que teria um dano competitivo substancial caso os detalhes das propostas se tornem públicos.
A liga alega que, caso essa decisão seja tomada, potenciais futuros parceiros teriam uma vantagem de informação em negociações pelos próximos ciclos de mídia.
“A Amazon e a NBCUniversal vão negociar acordos com futuros parceiros e não querem que eles tenham acesso a informações comerciais confidenciais. Se a Amazon e a liga concordassem em um determinado ponto, todos os outros poderiam pedir isso”, defendeu o advogado e escritor Daniel Wallach, que relatou o processo.
“Há um equilíbrio entre o direito do público de saber e a necessidade das partes de proteger informações comerciais proprietárias e confidenciais”, acrescentou.
No processo, a NBA afirmou ainda que a WBD não fez uma oferta semelhante à da Amazon. A liga tem o interesse de estar presente no streaming, algo que o Prime Video poderia proporcionar. A Warner, porém, teria mudado os termos em uma tentativa de exibir as partidas pela Turner Sports, que possui canais na televisão.
A liga norte-americana de basquete também apontou que a WBD não apresentou nenhuma tentativa de igualar a oferta feita pela NBC.
Disputa
A temporada de 2024/2025 será a última do atual ciclo de direitos de mídia domésticos da liga norte-americana, do qual a WBD faz parte. Há pouco mais de um mês, a NBA finalizou um novo acordo para as 11 temporadas seguintes, excluindo a Warner.
O contrato para o novo ciclo, válido a partir da temporada 2025/2026, envolve ESPN, Amazon e NBC. Os detentores dos direitos pagariam, juntos, pouco menos de US$ 7 bilhões, totalizando US$ 76 bilhões durante todo o período de parceria.
A WBD alega que tem o direito de igualar uma das propostas aceitas pela NBA e, assim, manter seus direitos de transmissão do torneio. A proposta foi feita, porém a liga não a aceitou.
Diante da negativa da entidade, a Warner entrou com uma ação na Suprema Corte de Nova York alegando que a medida viola seus direitos legais em relação ao atual contrato, que ainda está em vigor.