Qual hipótese tem mais capacidade para levar torcedores ao estádio: partida que marca o milésimo jogo de um ídolo ou clássico contra o maior rival que rende a liderança do campeonato? O São Paulo, no empate por 0 a 0 com o Corinthians, na noite da última quarta-feira (21), comprovou que a primeira opção seduz mais o público.
Ao empatar com o rival alvinegro, a equipe tricolor conseguiu a liderança temporária do Campeonato Brasileiro e atingiu novo ápice nas bilheterias. Com renda líquida de R$ 1 milhão, ou seja, quando já foram descontadas as despesas com manutenção do Morumbi e taxas, o São Paulo teve o segundo jogo mais lucrativo do ano na elite nacional.
O primeiro lugar nesse quesito ainda pertence à vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, quando o jogo não foi exatamente a maior atração do dia. Naquela data, 7 de setembro, Rogério Ceni completou mil partidas disputadas com a camisa são-paulina e deu ao clube recordes de público, arrecadação e receita líquida entre toda a primeira divisão.
A comparação deve considerar que, embora ambos os confrontos tenham sido realizados em quartas-feiras, horário e data fizeram alguma diferença. A maior bilheteria da temporada foi conquistada em um feriado nacional, às 16h, enquanto o duelo contra o Corinthians foi realizado em dia útil, às 21h50, com previsão de leve garoa.
De qualquer maneira, o clássico entre São Paulo e Corinthians consolidou a dupla paulista como a que mais lucra com bilheterias no Brasileiro. O primeiro embolsou R$ 1,2 milhão e R$ 1 milhão diante de Atlético-MG e Corinthians, respectivamente, enquanto o segundo completa a lista dos cinco primeiros, com as partidas contra Cruzeiro (R$ 910 mil), Flamengo (R$ 903 mil) e Internacional (R$ 842 mil).
O levantamento feito pela Máquina do Esporte levou em consideração todas as partidas de Campeonato Brasileiro, Copa Kia do Brasil e Estaduais – em relação ao último, apenas jogos dos 20 membros da primeira divisão foram registrados. Os números são fornecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em boletins financeiros.