A possibilidade de um plano de marketing para o clássico entre Corinthians e Palmeiras anima as duas diretorias, mas ainda depende de alguns detalhes para sair do papel. O primeiro, e principal, deles, é o aval do staff alvinegro, que ainda não recebeu a proposta rival. ?Eu tenho um encontro com o [Luiz Gonzaga, presidente do Palmeiras] Belluzzo amanhã [sexta-feira], e imagino que seja para isso. Eles ainda não me apresentaram nada, mas eu vejo com muito bons olhos qualquer tipo de união?, disse Luis Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Corinthians. A ideia alviverde é criar uma série de ativações que vão desde ações conjuntas de intervalo à criação de logotipo e backdrops especiais para o clássico. Tudo, no entanto, é tratado com o maior sigilo pelo Palmeiras, que adotou a cautela desde o fracasso da negociação com a Ferrari no ano passado. Um painel de entrevistas único, no entanto, não incluiria os respectivos parceiros. Por motivos óbvios, a união de marcas como Adidas e Nike envolveria uma engenharia legal muito grande, que passaria pelo pedido às matrizes, que inviabilizaria a ação. A intenção do Palmeiras é aproveitar a força dos patrocinadores de outras formas, especialmente com programas de prevenção à violência nos estádios. O tema vem sendo muito abordado pela mídia desde a briga que envolveu torcedores corintianos e a Polícia Militar no último domingo, após o clássico com o São Paulo, no Morumbi. A aproximação de Palmeiras e Corinthians, aliás, escancara o clima político tenso existente entre os principais clubes da capital paulista. Em 2008, cartolas alviverdes e tricolores trocaram farpas por causa de episódios como a bomba de gás lançada no vestiário do São Paulo, durante o segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista. Na semana passada, o clube do Morumbi e o Corinthians protagonizaram discussões ásperas pela imprensa a respeito da nova divisão de ingressos do estádio. Com muitos assentos comprometidos com parceiros como a bandeira de cartões de crédito Visa e o recém-inaugurado Espaço Unyco, o São Paulo adotou a lei e impôs a cota de 10% para o rival, que não gostou e jurou dist”ncia da casa tricolor.