Lance Armstrong, voltou às manchetes. O ex-ciclista norte-americano, sete vezes campeão do Tour de France, prova mais tradicional do ciclismo mundial, foi acusado pela agência antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) de usar e distribuir subst”ncias proibidas para outros atletas entre 1998 e 2011. Ainda assim, o atleta aposentado foi defendido por patrocinadores.
“Nossa relação com o Lance continua tão forte como sempre” afirmou a Nike por meio de um comunicado. “Como sempre, nós acreditamos na palavra do Lance” disse também a Oakley.
“Lance demonstrou que sua imagem é à prova de balas. A grande maioria dos fãs olhará para essas noticias com certo grau de indiferença. Os patrocinadores não deveriam se preocupar muito” disse Paul Swangard, diretor do Warsaw Sports Marketing Center da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, ao jornal “USA Today”.
Desde que Lance Armstrong se aposentou do ciclismo, seu valor de mercado está ligado em grande parte às performances no passado e à história de superação, voltando a ser um ícone do esporte após ter sofrido com um c”ncer nos testículos.
“Mesmo se for culpado, as pessoas estão dispostas a perdoá-lo pela grande história de vida que ele tem” disse Swangard.
A história de vida de Armstrong rendeu-lhe aproximadamente US$ 20 milhões em faturamento comercial somente em 2010. Armstrong ficou em 65º no ranking da revista “Forbes” das celebridades mais bem pagas naquele ano.
Se Lance já não faz mais parte das cem celebridades mais influentes segundo a revista, sua comovedora historia de superação não é esquecida pelo público. A Nike, por exemplo, faturou milhões de dólares ao vender mais de 70 milhões de pulseiras Livestrong, relativas à ONG de Armstrong que apoia a luta contra o c”ncer.
Talvez seja esse o motivo pelo qual nenhum de seus principais patrocinadores – incluindo Nike e Oakley – tenha retirado seu apoio ou dado sinais de que poderia fazê-lo.