A Adidas fechou o seu primeiro trimestre de 2009 com uma queda de 97% do lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço negativo, segundo a fabricante alemã, é culpa do encarecimento da matéria-prima e do declínio de vendas em quase todo o mundo, na esteira da crise financeira mundial. Essa é a primeira vez em oito anos que a Adidas não apresenta um crescimento de dois dígitos na conta. Para superar o impasse, a marca já anunciou um enxugamento de receitas que tenta poupar cerca de 100 milhões de euros (R$ 282,2 mi). Diante de um mercado já nem tão aquecido, a Adidas deve fechar parte de seus escritórios regionais na Ásia e na Europa e reduzir o número de lojas próprias. Atualmente, a marca possui 1,4 mil unidades espalhadas por todos os continentes. O lado positivo do balanço é a import”ncia que a América Latina vem adquirindo para o planejamento da empresa. A região foi a única no mundo que não apresentou um declínio de vendas. O resultado atesta a visão de Herbert Hainer, CEO e presidente do Conselho Executivo da Adidas, que esteve no Brasil em fevereiro e falou sobre o assunto. ?Temos muitos planos para o mercado brasileiro. Trata-se de uma região muito importante para os nosso planos, e vamos investir muito nisso nos anos seguintes?, disse o executivo na ocasião. Quem pode sofrer com a crise dentro da Adidas é a Reebok. Comprada em 2006 pela fabricante alemã, a marca inglesa registrou um prejuízo de 96 milhões de euros (R$ 270,9 mi) no primeiro trimestre desse ano. A possibilidade de uma nova venda, no entanto, ainda é oficialmente descartada.