A Adidas anunciou uma redução no número de funcionários de sua subsidiária na Argentina, a Extreme Gear. A empresa teve 112 empregados demitidos nesta sexta-feira (22).
De acordo com a imprensa do país, a Adidas se comprometeu a pagar 100% dos direitos de todos os funcionários que foram desvinculados da Extreme Gear. A sede da empresa, que fica na capital Buenos Aires, foi aberta em junho de 2011 e chegou a contar com mais de 400 funcionários.
A reestruturação da subsidiária argentina ocorre em um momento de crescimento do volume de negócios da Adidas na América Latina. A marca alemã registrou um avanço de 16% na região, saltando para cerca de 895 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.
Ao contrário da Argentina, a Adidas expandiu sua presença na América Latina nos últimos anos, com novas lojas em vários países, entre eles Colômbia, México, Nicarágua, Peru e Uruguai.
Se for levado em consideração o mundo inteiro, o crescimento da marca das três listras nos primeiros seis meses do ano foi ainda maior, chegando a um faturamento de quase 10,5 bilhões de euros. O número é 19,7% maior do que o mesmo período de 2016. O lucro líquido, no entanto, caiu 4,4%, para 614 milhões de euros.
Os movimentos da Adidas acontecem ao mesmo tempo em que sua principal rival, a Nike, já demonstrou qual a estratégia que irá adotar nos próximos anos. No começo do mês, a marca norte-americana fechou todos os seus escritórios no Chile, e as operações em solo chileno ficaram sob gestão dos escritórios na Argentina.
Em junho, a Nike já havia alertado que mandaria embora cerca de 1.400 funcionários no mundo todo (2% do total). A intenção é ter uma estrutura corporativa estrategicamente pensada para se concentrar em 12 cidades, entre elas Nova York, Londres e Tóquio, e focar os próximos investimentos no ambiente digital.