Quando o Fluminense entrar em campo na noite desta quinta-feira (4), às 21h, para enfrentar o Internacional, irá apresentar ao público o novo terceiro uniforme. O lançamento da peça, no entanto, não deverá gerar o impacto que o clube carioca almejava. A Adidas, responsável por desenhá-la, se precipitou e a divulgou precocemente.
A princípio, a apresentação da nova camisa estava agendada para o dia 17 de agosto, mas gestores da equipe perguntaram à fornecedora alemã se era possível antecipar essa data. A empresa concordou e garantiu que conseguiria levar os produtos aos pontos-de-venda em tempo. Preparou-se, então, nova estratégia.
O clube das Laranjeiras pretendia manter a versão de que a camisa seria lançada apenas no dia 17, justamente como informou à Máquina do Esporte na última quarta (3), e então causar espanto em torcedores e imprensa ao subir ao gramado, para enfrentar o Internacional, com o novo modelo, predominantemente grená.
Essa estratégia ficou decidida em comum acordo entre Fluminense e Adidas. Ela seria benéfica, em especial, por ser inovadora, mesmo valor que o clube buscou na confecção do material, e por demandar custos nulos na divulgação. A fornecedora de materiais esportivos, entretanto, soltou fotos e informações na internet.
Como a empresa divulgou precocemente a nova terceira camisa, ela e o Fluminense tiveram de se apressar para preparar nova estratégia de lançamento, entre disparo de comunicados à imprensa e agendamento de mini-evento para apresentá-la à torcida.
À reportagem, a Adidas apenas afirmou, por meio de nota, que “a estratégia e o andamento da divulgação dos produtos desenvolvidos pela marca e seus parceiros – e eventuais mudanças – são realizadas em conjunto entre os envolvidos”.
Por parte do Fluminense, Idel Halfen, vice-presidente de marketing do clube, preferiu não culpar a fornecedora pelo o que chamou de “falha de comunicação”. “Houve falta de coordenação sobre o dia do lançamento, porque há muitos tr”mites nesses casos, mas não houve esvaziamento da ação ou qualquer problema”, afirma.
Falhas na estratégia de divulgação do terceiro uniforme à parte, o dirigente carioca preferiu ressaltar as virtudes do novo modelo do clube. “Ela está lindíssima e vai contra um tradicionalismo que sempres existiu no Fluminense”, conta. Em 2001, a equipe havia tentado criar camisa laranja, mas a ideia foi vetada pelo conselho.