“Influenciador não é mais o cara que você convida para o seu evento, mas é o cara que você precisa olhar como vai te ajudar no teu negócio”. Com essa provocação em mente, Bruno Almeida, gerente de comunicação da Adidas, baseou a estratégia da marca alemã nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.
E, dali, surgiu o embrião para o novo posicionamento da marca, que passou a trabalhar com um time de influenciadores para ampliar a conversa sobre o Rio-2016 sem quebrar nenhuma regra do Comitê Olímpico Internacional.
Almeida mostrou o case da Adidas com os influenciadores digitais em 2016 para falar como a marca deve se comportar neste ano, quando terá o patrocínio à Copa do Mundo da Rússia, em situação bem mais confortável por ser o patrocinador oficial do torneio. A palestra abriu a terceira edição do Curso de Férias da Máquina do Esporte, em São Paulo.
“Nós investimos três vezes mais em influenciadores do que em mídia tradicional durante as Olimpíadas”, contou o executivo.
A estratégia resultou num excelente engajamento do público e levou a Adidas a mudar o comportamento em relação aos influenciadores. A marca, agora, fecha contrato anuais com eles, que também podem fazer parte de campanhas institucionais.
“Entre criar um canal próprio de divulgação ou usar o dos influenciadores, o que é melhor? O que demanda menos esforço para alcançar o consumidor? Não adianta comunicar onde você quer, mas onde o público quer”, complementou Bruno Almeida.
Para a Copa, a marca alemã trabalha com o mesmo roteiro, mas pelo fato de o Mundial ser na Rússia, ainda não há previsão de quantos criadores de conteúdo estarão presentes no torneio.
O dia de palestras na sede da Máquina do Esporte teve ainda a apresentação de David Grinberg, diretor de comunicação do McDonald’s, que apresentou como a marca trabalha na Copa do Mundo.
Para 2018, o “influenciador” da empresa será o maior astro brasileiro no torneio. Neymar apresentará a campanha de “player escort”, que levará 11 jovens torcedores brasileiros para perfilar com o time do Brasil antes do jogo com a Costa Rica.
O programa é a maior ação do McDonald’s, que na Copa de 2014 no Brasil trabalhou também com o legado de treinamento para os voluntários que trabalharam na competição. A empresa também se apoia na ação local dos sanduíches alusivos a países que participam da Copa do Mundo para ampliar vendas.
O ciclo de palestras da Máquina do Esporte continua nesta terça-feira com as apresentações de Rodrigo Bochicchio, diretor de marketing da Visa, e Albert Castelló, representante da LaLiga no Brasil. Eles falarão sobre a estratégia das marcas no mercado.