A confirmação do adiamento do torneio Apertura fez com que a Associação de Futebol Argentino (AFA) iniciasse uma ofensiva em busca de dinheiro para solucionar o impasse. Para o presidente da entidade, Julio Grondona, a saída é inflacionar os contratos de TV. O dirigente pediu à Tele Red Imagen AS, empresa que comercializa o futebol no país, uma quantia de 720 milhões de pesos (R$ 344 milhões) – a atual temporada custou 286 milhões de pesos (R$ 137 milhões). Segundo a imprensa argentina, as emissoras podem apresentar uma contraproposta, mas teriam de ampliar seu vínculo com a AFA até 2020 e antecipar o dinheiro para que os clubes paguem suas dívidas. “Por enquanto não há futebol. Para mim a solução é que a AFA receba mais dinheiro da televisão?, disse Grondona após reunião com Ricardo Echegaray, chefe do órgão arrecadador do país, e Sergio Marchi, secretário geral do sindicato dos Futebolistas Argentinos Agremiados (FAA). O início do campeonato, que estava marcado para o dia 14 de agosto, só será autorizado quando os clubes tiverem regularizado sua situação com a FAA. O total do débito gira em torno de US$ 10,5 milhões (R$ 19 milhões). Os clubes afetados por restrições são River Plate, Independiente, San Lorenzo, Racing Club, Newell”s Old Boys, Huracán e Rosario Central.