Dois dias antes de a África do Sul enfrentar o México e abrir a Copa do Mundo de 2010, as ruas do país africano foram tomadas por uma campanha de fomento à participação popular no torneio. A manifestação contou com efeitos sonoros (as tradicionais vuvuzelas, apitos e buzinas de carros), aglutinações populares e passeio da seleção nacional em carro aberto por Johanesburgo. Desde o começo da manhã, muitas pessoas se aglomeraram nas ruas de Johanesburgo para tocar vuvuzelas e entoar gritos de apoio à seleção da África do Sul. Ruas foram fechadas para um passeio da seleção em carro aberto, realizado no começo da tarde do país. Ao meio-dia, a população local foi convocada a tocar vuvuzelas durante cinco minutos. A carreata foi acompanhada por gritos, cartazes de apoio e vuvuzelas. No entanto, também houve manifestações de apoio à seleção nacional em outras cidades ? na Cidade do Cabo, por exemplo. ?A Cidade do Cabo finalmente acordou para a Copa do Mundo?, disse Danielle Vukic, ex-participante do reality show Survivor da África do Sul, em entrevista ao site ?Sport24?. Toda a movimentação em torno da seleção também aqueceu o comércio nas ruas da África do Sul. Em Johanesburgo, o número de ambulantes com bandeiras e adereços ligados à Copa do Mundo cresceu consideravelmente. A participação popular e a conscientização sobre o papel do público na Copa do Mundo foram descritos por Irvin Khosa, presidente do comitê organizador do torneio deste ano, como o grande desafio que a competição enfrenta. Nesta quarta-feira, a Fifa anunciou que 97% dos ingressos disponíveis para a Copa do Mundo foram comercializados, mesmo patamar atingido pela Alemanha antes de a bola rolar em 2006. De um total de três milhões de entrada, restam apenas 135 mil nas bilheterias.