Foi emblemático o lançamento do Pacto Pelo Esporte. Em meio a discursos inflamados no palco, a questão que circundava profissionais do esporte ali presentes era o quanto, de fato, a iniciativa vai “pegar”
Sim, presenciamos um momento histórico para o esporte no Brasil. As empresas praticamente se adiantaram à crise da Fifa e já decidiram que, para investir no esporte, é preciso que isso seja uma via de mão dupla. Não dá mais para os valores aplicados serem profissionais e a gestão dos recursos, amadora.
Por isso mesmo fica-se com aquela dúvida latente. Será que vamos ter sustentabilidade para esse pacto? Ou mais uma vez o esporte dará de ombros para a situação adversa e continuará a viver em sua realidade paralela, esperando o tempo passar para conseguir deixar tudo igual?
Essa é a barreira que as empresas precisam vencer. Na disputa pela concorrência, elas terão de deixar os interesses de curto prazo de lado e apostarem no projeto de, realmente, melhorar a cara do esporte no país.
O pacto é, em tese, um movimento fantástico. Mas, para dar certo, não basta apenas da boa vontade do “sistema”. É preciso um constante trabalho de vigilância. Da mídia, dos atletas, dos (bons) gestores e, claro, dos patrocinadores, para que ele seja implementado em sua totalidade.
No médio prazo, o Pacto Pelo Esporte tende a dar para o Brasil condições de ser de fato uma potência esportiva. Temos muito dinheiro investido no esporte por aqui. Até hoje, poucos souberam usá-lo bem.
O primeiro passo foi dado para a revolução. É preciso dar o segundo.