O esporte no Brasil estará dividido em 2016. Os Jogos Olímpicos serão realizados no país em meio a um conturbado cenário político e econômico. Por isso, o mercado esportivo que deveria se aquecer como nunca poderá ser dividido entre a euforia pelo grandioso evento e o receio de realizar grandes investimentos.
A euforia será inevitável para qualquer lado desse mercado. Os Jogos Olímpicos não são apenas o maior evento do esporte, mas são também, historicamente, o evento mais importante para as marcas.
Desde 1936, em Berlim, Adi Dassler distribuía seus produtos para atletas e federações. Seria impossível imaginar o que seria da Adidas sem os Jogos Olímpicos. A Coca-Cola começou esse relacionamento ainda antes, em 1928, e também é difícil desassociar as duas marcas.
Os Jogos carregam o marketing esportivo em suas raízes; estar com eles pode ser fundamental para qualquer marca. Acompanhar o que elas fazem com eles certamente é um modo seguro de assistir ao que melhor pode ser feito com o esporte.
Por outro lado, 2016 será o ano da escassez em qualquer departamento de marketing. Se esse cenário é menos animador, ele também pode traçar linhas que foram ignoradas na abundância dos últimos anos.
Empresas e gestores do esporte precisam mensurar melhor os resultados do investimento para ser possível justifica-los. E, para o retorno ser satisfatório, será necessária uma entrega mais eficiente, para além do reconhecimento de marca. O esporte no Brasil precisará se mostrar um bom meio para driblar a crise.
Quem sabe os Jogos não dão algumas dicas sobre o assunto…