O Flamengo colocará em prática uma ideia que não é exatamente inédita, mas talvez seja o evento mais complexo já feito no Brasil para acompanhar uma partida de fora. O “Nação Rubro-Negra em Movimento” cria um ambiente propício a ativações e a vendas. E, mais do que isso, gera um sentimento de pertencimento a uma comunidade que é valiosa ao consumo do futebol.
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Pertencer a um grupo vai além da simples torcida a um time. Torcedor que tem o hábito de assistir a jogos com um grupo específico de amigos sabe bem como funciona isso. É mais do que um programa de entretenimento, é um programa social. E, quando há um time envolvido, esse pertencimento gera um maior engajamento, seja com a própria equipe ou com as marcas patrocinadoras do evento e do clube.
Esse sentimento é absolutamente comum em dias de jogos. Salvo questões de segurança e organização, torcedor que vai a uma partida de futebol costuma gostar muito da experiência. Fundamentalmente, porque um laço é criado com um enorme grupo de pessoas, uma sensação diretamente ligada à natureza humana.
Um evento como o que será criado vai além ao dar mais espaço para o contato entre marcas e também para o consumo. O torcedor vem despreocupado com questões de segurança, fica mais tempo e tem mais oportunidades de participar de ações. Ele está mais aberto e mais relaxado para se aprofundar em novas experiências.
O cenário ideal seria que o encontro acontecesse de forma constante, o que obviamente não é tarefa fácil pela logística. Na segunda edição, o programa do Flamengo passará por um grande teste de produto e de precificação, questões naturais em uma iniciativa do tipo. Talvez o caminho seja por ajustes menores em longo prazo.
De forma isolada, há vários bons exemplos, inclusive no mercado brasileiro. Para além dos times que tiveram experiências semelhantes, há um caso mais notável, a fan fest da Fifa realizada durante as Copas do Mundo. A entidade criou o evento porque percebeu o quanto essa reunião é comercialmente interessante. E o resultado é expressivo, com multidões que saem de casa para assistir aos jogos ao ar livre.
Essencialmente, futebol é um evento social. Iniciativas de clubes e patrocinadores que seguem esse caminho já têm metade do sucesso garantido. E, bem-sucedidas, garantem que os times ganhem em duas frentes: com novas receitas e com mais eventos em seus estádios, mesmo em dias em que as equipes jogam em outros estados.