Às vezes, os desencontros entre os clubes brasileiros são tão grandes que fica difícil imaginar que essas instituições sejam tão parecidas, com problemas e paixões tão próximas. Mas, na terça-feira mais triste da história do futebol nacional, ficou claro que todos têm consciência da importância da união entre as equipes.
A rapidez dos clubes para anunciar o empréstimo de jogadores e a pressão à CBF para não deixar a Chapecoense despencar após o acidente foram comoventes. Foi um caso extremo, é verdade, mas a frase mais dita por presidentes de times brasileiros, “não é problema meu”, ficou longe dos holofotes, finalmente.
As medidas, que envolvem basicamente o esporte, podem até parecer supérfluas no momento em que 71 pessoas perderam a vida. Mas não são. Elas mostram a dedicação quase desesperada de clubes, dirigentes e jogadores em esticar a mão para seus pares em um momento de tristeza.
E a solidariedade foi além. As mídias mostraram que as diferenças de veículo são inexistentes nesse que foi também a maior tragédia do jornalismo brasileiro. A perda de colegas foi sentida por todos que trabalham com esporte, e homenagens não faltaram.
Não há nada de bom para ser tirado na terça-feira. Mas ela pode servir de lembrança que esporte é sempre mais forte quando todos jogam juntos, que no fim das contas, torcemos todos para o mesmo time.
Força, Chape.