O mercado brasileiro de esporte ainda é engatinha e mostra, com muita frequência, problemas inadmissíveis. A situação bizarra entre WTorre e Palmeiras é ótimo exemplo para aqueles que hesitam em investir no segmento. É uma mostra clara de como ele ainda é um terreno pouco seguro.
Independentemente de quem tem a razão na história, ficou claro que o entendimento sobre o estádio foi mutante durante as trocas de diretoria palmeirense. A relação entre a construtora e Luiz Gonzaga Belluzzo obviamente é diferente da relação com o Paulo Nobre.
No meio do tiroteio, fica uma seguradora alemã que fechou um contrato de R$ 300 milhões na arena. Como retorno, ela não tem perspectiva de ativação do local e ainda vê seu nome envolvido em uma discussão que o clube tornou pública.
Nessa conta, entram todos os contratos que já foram assinados, mas também os futuros acordos. Hoje, há, pelo menos em curto prazo, um clima de incerteza quanto a um estádio construído para gerar novas receitas.
É esse clima pesado que clubes e entidades produzem todos os dias em seus amadorismos. Em estádios, os clubes não têm a menor ideia nem de como precificar os ingressos, com mudanças semanais nesse quesito.
O resultado é uma série de empresas e segmentos que gostariam de investir no esporte, mas evitam clubes, muitas vezes no discurso falacioso de que existe rejeição nessa estratégia. O problema é maior.