O acordo que o São Paulo está próximo de anunciar para equipar com wifi todo o estádio do Morumbi é um alento ao futebol brasileiro.
Nem tanto pela necessidade de que haja internet em boa qualidade dentro dos estádios, mas pelo princípio que está por trás dessa ação.
Aos poucos, o esporte no Brasil percebe que, para crescer, é preciso dar cada vez mais importância ao torcedor, fonte primária de receita.
Durante décadas, o futebol ficou preso à crença de que o torcedor é um consumidor por obrigação e, as- sim, nada precisa ser feito para que ele se sinta obrigado a consumir.
O problema é que, na última década, a revolução na forma de consumir a mídia fez com que as praças esportivas brasileiras virassem sinônimo de espaços retrógrados.
Vivemos uma era em que as pessoas filmam, fotografam e compartilham tudo o que fazem. Até mesmo jogar balde de gelo na cabeça se transforma em algo “obrigatório”.
É absurdo imaginar que ainda não haja planos para que haja wifi obrigatório nos estádios brasileiros.
Quando um torcedor tem a chance de compartilhar a emoção que é ir a um jogo de futebol, rapidamente virará o melhor propagandista daquele evento. Mas como fazer isso se não há conexão num estádio?
Quantas possibilidades se abrem a partir do instante em que o estádio vira um meio de viralização tão potente quanto um balde de gelo?
Parece que agora o Brasil começará a descobrir esse potencial…