Periodicamente, algum setor da economia domina os patrocínios no Brasileirão. Já tivemos surtos de empresas de eletrônicos, montadoras e bebidas.
Recentemente, o Rio viveu a era do Guaraviton dominando as camisas. Em 1987, a Coca-Cola foi a patrocinadora máster da Copa União, o Brasileirão daquele ano. Treze das 16 equipes tiveram a marca na camisa. As exceções foram Corinthians, Palmeiras e Flamengo, que já tinham acordos prévios.
Ao que tudo indica, o setor bancário estenderá seu domínio no próximo Brasileirão. Em 2016, as instituições financeiras foram responsáveis pelo patrocínio de 17 das 20 equipes. Só São Paulo, Ponte Preta e Santa Cruz ficaram de fora desse bolo.
Para 2017, é possível que 19 clubes tenham logos de bancos no espaço privilegiado do uniforme. O único de fora do grupo é o São Paulo, que deve renovar com a Prevent Senior. O clube, porém, já acertou com o Banco Intermedium, que ocupará espaço nas costas da camisa.
Longe de indicar um saudável acirramento da concorrência do setor bancário, com reflexo positivo no mundo da bola, o Brasileirão mostra domínio perigoso da Caixa. Caso o banco assine com a Ponte Preta, terá 17 times sob contrato.
É um risco e tanto. Uma mudança futura de estratégia de marketing deixaria quase todo mundo órfão. Lição para ser aprendida: o futebol precisa diversificar ao procurar parceiros comerciais.