Com a saída de pilotos brasileiros no grid da Fórmula 1 em 2017, o Brasil poderá, finalmente, assistir a um processo que já se desenrolou em vários outros países e que levou mais tempo para acontecer pelas bandas de cá.
A Fórmula 1 é esporte de nicho.
Por conta das eras Fittipaldi, Piquet e Senna, tivemos durante quase duas décadas uma exposição absurda da F1 na mídia em geral. Nossos “heróis” dos domingos pela manhã ganhavam espaço e dinheiro de publicidade como em nenhum outro país.
Há alguns anos, porém, o cenário da F1 é completamente diferente. Audiência de TV em queda rápida, falta de ídolos competitivos e carismáticos e um público para o GP Brasil cada vez menor levaram a um cenário complicado para a categoria no mercado.
Manter, hoje, a Fórmula 1 como um esporte de massa é tarefa árdua. Sem trabalhar na revelação de novos talentos, o país viu a competitividade cair. Para piorar, com a categoria indo cada vez mais para o Oriente, o horário das provas para o Brasil é proibitivo para o torcedor poder acompanhar os GPs.
Soma-se a tudo isso uma mudança de comportamento da sociedade, em que o desejo de consumo de carros potentes é cada vez menor, e tem-se um cenário muito distante daquele de quase 30 anos atrás para o mercado.
Se a Fórmula 1 conseguir olhar bem o público fanático por ela e apostar no relacionamento com esse consumidor, passará a ter uma alternativa no Brasil enquanto nosso novo herói não surge.