Há dois anos, a Copa do Mundo implantava no Brasil outro padrão de qualidade num evento esportivo no país. Novas arenas e novos níveis de serviço impressionaram o torcedor acostumado a tanto transtorno.
Hoje, o negócio mudou. Na Arena Corinthians, por exemplo, o choque de realidade aconteceu logo após o Mundial. Serviços ruins e organização para lá de questionável eram marcantes no estádio. Mas, ao longo do tempo, tudo foi se acertando.
Atualmente, é raríssimo enfrentar uma fila em dia de jogo, mesmo com o estádio cheio. O acesso melhorou consideravelmente, apesar dos ambulantes, fator externo, que rondam o estádio. A alimentação é infinitas vezes superior ao que havia aat´´e durante a Copa. Camarotes e áreas corporativas estão tão melhores que compara-las a 2014 é uma injustiça.
A questão é que quando um megavento voltou, nessa última quarta-feira pelos Jogos Olímpicos, a entrega para o torcedor caiu. Hoje, o ‘padrão Itaquera’ é sensivelmente superior ao ‘padrão Jogos’, e isso é uma enorme vitória para o nosso esporte. É uma demonstração de como a evolução natural de nossas arenas promovem um legado mais significativo que o grande evento.
O exemplo citado, com a Arena Corinthians, se deve ao óbvio fato de esse ter sido o local que recebeu a Copa do Mundo. Mas o estádio não é caso isolado. Em jogos do Palmeiras, no Allianz Parque, percebe-se tal evolução na gestão do evento.
O esporte brasileiro precisa pensar menos no legado dos megaeventos e mais na sua própria capacidade de alcançar um nível de excelência.