Nos últimos meses, a Máquina do Esporte viveu mais de uma vez uma situação que ilustra bem o modo como o futebol brasileiro é dirigido. O caso, que se repetiu recentemente, segue uma linha comum. O dirigente, por meios diversos, vaza informação sobre um possível patrocínio, a empresa nega e cria-se um mal-estar com o relato público.
Por mais de uma vez, a reação do dirigente a uma reportagem simples, com apenas declarações oficiais, foi da pior maneira possível. Impropérios, ameaças de processos que nunca se concluem e tentativa pública de diminuir a publicação ou o profissional.
O cenário burlesco tem apenas um resultado: um constrangimento e um futuro afastamento da empresa envolvida. Ela, claro, não quer estar volta a esse mundo.
Regularmente, a divulgação precoce está calcada em dois fatores. O primeiro é fruto da ansiedade do interlocutor, que responde a um ambiente de pressão no futebol. O segundo é o devaneio de que a repercussão do anúncio serviria de combustível para a assinatura de um contrato.
Em uma dessas ocasiões, por sinal, ocorreu exatamente o contrário. A empresa hesitou em fechar com um grande clube de São Paulo pela péssima repercussão que a possibilidade de patrocínio obteve no Estado-natal da companhia.
Como meio de comunicação especializado na área, é fácil observar o quanto o velho cartola, bronco e tosco, é nocivo a um ambiente profissional. Extinguir essa classe é uma necessidade imediata para o crescimento do futebol brasileiro.