No site oficial da NBA, quando o leitor clica no link “Quem somos”, vê uma elucidativa descrição do que é a empresa e o que ela faz.
Nada de “liga americana de basquete”, como costumamos grafar nos veículos de mídia daqui. A NBA se posiciona como “empresa de mídia e esporte”. Ela, portanto, se vê como provedora de conteúdo para as pessoas, sendo então uma mídia.
Por aqui, o esporte raramente percebe que, com a revolução provocada pelas internet e posteriormente pelas redes sociais, as entidades esportivas passaram a ser uma mídia tão ou mais poderosa que os veículos “tradicionais” de comunicação.
O torcedor, impulsionado pela paixão, tende a querer consumir cada vez mais os canais oficiais dos clubes. Saber os bastidores do time, ter acesso “exclusivo” a algum tipo de conteúdo, ver a matéria do ponto de vista do torcedor, com todas as distorções possíveis do olhar do fã.
Tudo isso, antes, era impossível. Agora, porém, o esporte pode brecar o intermediário que havia na mídia tradicional. E isso tem um peso enorme na hora de buscar uma fonte alternativa de receita no esporte.
O fã é um consumidor muito mais engajado nas mídias oficiais dos clubes do que num veículo tradicional. Isso permite que as ações comerciais tenham mais sucesso nos canais “oficiais” do que nos demais.
Numa era em que as marcas ainda compram mídia baseadas principalmente na quantidade de visualização, e não na qualidade do conteúdo, investir nos canais digitais dos clubes é um caminho cada vez mais claro. E, sem dúvida, lucrativo.