Há alguns dias publiquei na Máquina do Esporte a história do “piloto empreendedor”. Para melhorar a entrega a seus patrocinadores, Átila Abreu, da Stock Car, realiza uma série de atividades.
Em entrevista, o piloto diz que busca dar retorno maior do que o patrocinador esperava. Por isso, faz ações como a construção de uma carreta camarote, com logo de uma apoiadora, que acompanha as etapas da categoria pelo país. A ideia é prover a hospitalidade do patrocinador, já que alguns autódromos não contam com o conforto do seu camarote móvel.
Com iniciativas como essa, o piloto fideliza e expande o número de apoiadores. Sem dependência de um patrocinador máster, Átila não sente tanto a saída de um parceiro.
A estratégia do piloto poderia ser transferida ao mundo da bola. Por muito tempo, as diretorias acreditaram que a aparição do patrocinador aconteceria naturalmente. Afinal, que atividade no Brasil (e não me restrinjo só ao esporte) tem tanta exposição de mídia? São placas em campo, backdops em entrevista e duas horas na TV aberta ou fechada em dia de transmissão de jogos.
Não é o que ocorre nos últimos tempos. Santos e São Paulo penaram para expor uma marca em seu espaço nobre. O Corinthians está com a propriedade disponível. Quase todos os times da Série A dependem dos investimentos da Caixa, o que é perigoso. Quem tem um bom contrato, como o Palmeiras, pouco faz para melhorar a entrega.
Deveria ser uma preocupação dos clubes: pensar formas de ativação, mesmo que o parceiro não o faça. Apesar de haver paixão envolvida em um patrocínio, uma hora chega a conta: e se ela não mostrar retorno, a empresa deixará os gramados. Uma lição que precisa ser aprendida.