A proximidade dos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, gerou uma curiosa corrida entre os clubes. Com o incentivo proveniente do investimento de fundos estrangeiros, os times ligados ao futebol passaram a querer “dominar o mundo” e foram gastar parte dos milhões recebidos na formação de atletas olímpicos.
O fiasco da entrada do capital estrangeiro no futebol, somado à gastança desmedida de muitos, gerou uma bolha que estourou pouco antes dos Jogos e se espalhou como um tsunami no esporte olímpico.
Quinze anos depois, parece que o esporte no Brasil começa a aprender. Nem mesmo a sensação de que viveríamos uma época de ouro no esporte, impulsionada por Copa e Jogos Olímpicos, gerou uma onda de investimentos abusivos em troca de um sonho de ser grande no país.
Nem mesmo o pretenso milagre da multiplicação do fator X de Eike Batista levou o esporte à bancarrota. Prova disso são duas notícias que estão na Máquina do Esporte.
As buscas por parcerias dos clubes com empresas e entidades de outro setor são uma mostra de que o mercado já amadureceu. Os times, mesmo tendo alto faturamento, não mais colocam em risco sua saúde financeira para bancar um projeto que tenha outro esporte como mote.
A redução do Rio Open, que agora passa a ter só a disputa masculina, é outro exemplo da importância de se pensar com calma na hora de investir. A disputa masculina leva mais público e atrai mais patrocinadores.
Colocar os pés no chão é imprescindível para o esporte crescer de forma sólida no país pós-Rio 2016.