As águas sujas da Baía da Guanabara viraram protagonistas na semana que marcou a contagem regressiva de um ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Não que o assunto fuja da pauta de itens a serem resolvidas até o evento, inclusive por questões sanitárias que vão além da competição. Mas o foco excessivo à sede de uma única modalidade – a vela – tirou a atenção de ações importantes que aconteceram nos últimos sete dias. Para o bem e para o mal.
Pouco se fala sobre o contínuo estouro no orçamento. De bilhão em bilhão, a Olimpíada carioca já custa mais do que a Copa do Mundo, ainda sem o reajuste que será apresentado pela Autoridade Pública Olímpica (APO) até o fim do mês. A vela pode ser disputada em Búzios, há uma alternativa. Para a constante elevação nos custos não.
A instabilidade da APO, autarquia que tem como objetivo fazer a integração de todas as esferas públicas envolvidas com os Jogos Olímpicos de 2016, é outro ponto sem o destaque devido. Sem contar no atraso das obras, que embora já não cause pânico no COI, ainda deixa um rastro de preocupação.
Em contrapartida, o Rio de Janeiro viveu uma semana de grande movimentação no mercado publicitário, com uma série de ativações que deixarão um legado para a cidade. Colocar o dedo na ferida é tão importante quanto exaltar as iniciativas do bem. Em tempos de crise, a aposta das empresas é sinal da importância do evento para o país no futuro. Como em Barcelona, Pequim ou Londres.