A Arena Corinthians lançou, na terça-feira (4), o resultado de um estudo que tenta entender melhor quem é o sócio-torcedor que frequenta o estádio. É uma iniciativa diferente no mercado nacional; o comportamento do consumidor no esporte ainda é raramente mapeado no Brasil.
O estudo da Arena Corinthians não aprofunda a questão. A começar, o método abrange 12 mil sócios-torcedores, o que não pode ser considerado uma amostragem convincente. Não pelo número de pessoas, claro, mas sim pelo o que ela compreende de fato dentro do estádio corintiano.
Ainda assim, o levantamento, que aponta uma natural presença elitista em estádio com tíquete médio superior a R$ 50, já pode ser usada como ferramenta para o clube se aproximar do mercado. São dados que devem ser usados como uma maneira de alcançar a marca certa para o público certo.
Mas, de maneira geral, o que se sabe sobre um brasileiro em uma arena esportiva é muito pouco. Em shopping centers, por exemplo, são usadas diversas pesquisas que apontam detalhes de como as pessoas consomem. Há uma lógica para a disposição de lojas e produtos que impulsiona a compra e a permanência do comprador.
O próprio Corinthians já declarou algumas vezes que pensa no estádio como um shopping center, estratégia reforçada pelo refinamento do acabamento do local. Mas o impulso de um torcedor no estádio não é o mesmo de um consumidor na loja, e isso precisa ser melhor entendido para que o tíquete médio aumente.
Alcançar esse nível de conhecimento é um dos fatores que posicionam um clube ou um estádio como um ambiente altamente profissional.