Na última década, os clubes brasileiros mudaram de realidade graças à situação favorável da economia do país. Seus faturamentos foram multiplicados com o aumento de patrocínios, verba de televisão e altas bilheterias. Hoje, o cenário já é outro. E, em 2016, deve ser pior.
Em recessão técnica, a economia brasileira vive em um momento de apreensão e pessimismo, o que invariavelmente torna os investimentos gerais mais escassos. E não dá para imaginar que o futebol não vá ser atingido por essa situação.
Na verdade, ao analisar os grandes contratos de patrocínio, a conjuntura reforça o pessimismo no futebol. Por ora, o exercício de imaginação prevê um 2016 sem alguns dos atuais “donos” dos clubes brasileiros, caso específico de Caixa e Viton 44, patrocinadores de metade dos times da Série A do Brasileirão.
No nevoeiro econômico, haverá uma necessidade latente: dar uma melhor entrega para conseguir novos patrocinadores. Sem um modelo que revele um retorno mais palpável – e mensurável – será difícil convencer empresas a despejarem milhões.
Esse deve ser o movimento mais saudável e sustentável que os clubes poderão embarcar. Há, é verdade, outro caminho mais fácil e nada empolgante para o torcedor. Com a desvalorização do real, a venda de atletas se torna um ramo rentável.
E já um bom exemplo nas duas questões no futebol. Hoje, o São Paulo é um clube que, sem aporte máster, tem remanejado o marketing para faturar com outras modalidades de patrocínio. Ainda assim, a venda de jogadores foi inevitável.