O cenário do vôlei brasileiro hoje é completamente diferente daquele de 1991, quando o Banco do Brasil focou no esporte para transformar a sua marca. Do encanto pela Geração de Prata para cá, a modalidade se consolidou como a segunda paixão nacional. As seleções criaram ídolos e ouros. As ligas se estabeleceram no país.
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Pensar na CBV como uma entidade que necessita de um aporte de empresa estatal não faz nenhum sentido. O bloqueio de outras marcas, na verdade, não é mais saudável ao esporte. Hoje, se o Banco do Brasil permanecesse como antes na entidade, estaria atrapalhando mais do que ajudando.
A CBV pode olhar para os dois lados para se sentir otimista. Em um canto, está o futebol, da CBF. Mesmo sob gestões tenebrosas, a entidade acumula patrocínios milionários de diversas marcas privadas.
Caso olhe para o outro canto da sala, verá o basquete. Se nesse caso a confederação não serve muito de parâmetro, poderá se espelhar na Liga Nacional, que após alguns anos de trabalho sério já consegue colher frutos, ainda que uma estatal, a Caixa, tenha surgido como principal parceira.
Claro que a presença do Banco do Brasil é relevante, até pelos valores; é difícil imaginar a CBV, neste momento, com patrocínios que possam somar R$ 200 milhões. Mas a diversificação de marcas poderá, aos poucos, mostrar o quão poderoso pode ser um patrocínio a um esporte tão popular como o vôlei é no Brasil.