Muitas vezes o mercado esportivo brasileiro teima em olhar para a Europa em busca de bons exemplos de como trabalhar ferramentas de marketing e gestão. Impregnado pela monocultura futebolística, temos a mania de não olhar para o exemplo certo na hora de pensar o esporte como negócio.
O projeto do Orlando Magic de olhar o mercado brasileiro revela o quão eficiente é olhar o esporte como um negócio, não como uma paixão. O time de basquete viu o potencial turístico do brasileiro, que nos últimos seis anos invadiu a cidade, e passou a mirar esse turista que é um consumidor frenético.
Na lógica de negócio que nutre os clubes da NBA, é preciso fazer com que o brasileiro gaste dinheiro não apenas na Disney, mas também no seu clube.
O esporte nos Estados Unidos percebe que, mais do que uma paixão, ele é uma parte importante da indústria do entretenimento. Ele precisa procurar o consumidor da mesma forma que fazem uma peça de teatro, um espetáculo de show ou um parque de diversões.
Quanto mais se restringir ao fanático, menor ficará uma modalidade esportiva. Hoje, na Europa, é esse o maior dilema que vivem os clubes de futebol da Inglaterra. Eles entenderam que é preciso abandonar a paixão que moveu o esporte no século passado e caminhar para o olhar do negócio. Só assim será possível ter dinheiro para manter o consumidor ao lado do esporte.