Há poucos anos, era difícil citar outra marca de cerveja que não fosse a Brahma na hora de associar o segmento ao futebol. Com clubes e publicidade na Globo, a empresa era soberana na modalidade. Essa efetividade certamente chamou a atenção de suas principais concorrentes e as levou para o esporte mais recentemente.
Não é uma novidade no esporte essa atração de marcas. Durante os megaeventos no Brasil, foi comum assistir a concorrentes de diversos segmentos se dividirem entre as propriedades comerciais. Quando uma assumia um patrocínio significativo, outras empresas da mesma área iam atrás.
Esse movimento é saudável para as marcas e valoriza os eventos e o esporte de maneira geral. Na verdade, seria extremamente vantajoso para o nosso futebol se ele conseguisse atrair outras empresas concorrentes às que já estão no segmento. O problema é que esse ainda é um ambiente distante para as líderes do mercado, que seriam capazes de puxar outras companhias.
Não é o caso das cervejas. E, para melhorar esse cenário, a Brahma tem investido em ativações, talvez por antever a entrada de outras marcas. Com o Movimento por um Futebol Melhor, entre outras ações, a marca faz a manutenção de sua posição privilegiada dentro do cenário do futebol.
Para que as entrantes marcas tenham lugar de destaque, elas irão precisar de propriedades fortes, ativações efetivas e longo prazo. Será esse o desafio da Amstel, com o contrato de quatro anos com a Libertadores Bridgestone.
É um caminho que outras empresas já apostaram, com ainda pouco tempo para cravar sucesso ou fracasso na missão. É o caso da Itaipava, com novas arenas, e, principalmente, da Estrella Galicia, que tem contado com uma série de ativações no Corinthians para se associar ao futebol.