O final da Premier League só trouxe boas notícias para a Puma. A marca alemã, de investimento mais modesto do que Nike e Adidas, vestiu o campeão Leicester e o vice Arsenal.
Triunfos mais do que inesperados. O Leicester, quase rebaixado na temporada passada, ganhou o primeiro título em 132 anos de história. Já o Arsenal não protagonizou a disputa pelo título. Abocanhou a segunda posição na última rodada, superando o Tottenham, seu arquirrival da zona norte londrina.
É um alento para uma marca que monopoliza suas atenções em Usain Bolt. O jamaicano alia performance atlética invejável com um carisma incrível. Para uma marca esportiva, porém, a excessiva dependência de Bolt configura uma aposta arriscada.
Era 2013, a Nike enfrentou duas crises seguidas com alguns de seus principais embaixadores. Em janeiro daquele ano, Lance Armstrong confessou uso de doping em entrevista para a TV. No mês seguinte, Oscar Pistorius foi detido após matar a namorada, Reeva Steenkamp. Dois atletas com histórias inspiradoras rasgavam suas biografias num intervalo de dias.
Por que então esse tsunami não passou de uma marolinha nos portões da sede da empresa, em Beaverton? Pelo simples fato de a Nike diversificar seus investimentos, tendo sob contrato astros como Neymar, Cristiano Ronaldo, Roger Federar, Michael Jordan e LeBron James, entre outros.
Diversificação é o ensinamento que a Puma precisa aprender. Turbulências não são raras no esporte. Quando suas atenções são monopolizadas em um só ídolo, arrisca-se que um furacão possa realmente abalar os alicerces do prédio em Herzogenaurach.