Pode ser efeito pós-megaeventos ou simplesmente uma resposta à crise econômica que tem afastado parceiros das entidades esportivas do Brasil, mas é fato que muitas delas têm tido uma preocupação com a imagem e com o relacionamento com o torcedor que não eram vistos antes.
A campanha anunciada pelo COB é emblemática. O Comitê perdeu todos os seus parceiros comerciais após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e, agora, tenta se reestabelecer dentro de uma nova realidade. Mas hoje há uma diferença para a entidade de dez anos atrás: existe uma marca que identifica e comunica o Time Brasil ao público e ao mercado. O vídeo a ser lançado é a manutenção desse trabalho.
E não há dúvida: a demonstração de um grupo mais maduro, moderno e sólido torna muito mais fácil o caminho comercial. A conta é simples: uma empresa que aposta no esporte quer se associar a determinados valores que faça sentido para a marca. E esses valores só ficam explícitos quando a entidade esportiva faz um trabalho bem-feito com sua imagem.
O caso mais emblemático é o do NBB, que em menos de dez anos se consolidou após um trabalho eficiente sobre suas marcas e valores. Mas há outros. A CBF dá pequenas amostras de avanços, assim como a Federação Paulista de Futebol. A CBV já deixou claro que quer seguir um novo caminho. E até a Conmebol, bem recentemente, apresentou uma nova estrutura de branding.
É um caminho que os grandes clubes de futebol já têm trilhado, com mais ou menos afinco. Hoje, o grau de profissionalismo na comunicação das equipes é algo impensável para uma década atrás.