Imagine a cena do feirante que está vendo o estoque encalhado e a feira está chegando ao fim. Ele tem duas opções. Morrer com os produtos ou reduzir o valor cobrado para ter reduzir o prejuízo ao máximo.
É o início da famosa “hora da xepa” nas feiras pelo Brasil. E é nisso que o esporte brasileiro precisa focar.
O gestor esportivo brasileiro precisa seguir a tática da “hora da xepa” se quiser crescer aqui no Brasil.
Sempre usamos a Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos como exemplos a serem seguidos, sem perceber que esses eventos são muito maiores do que já sonhamos em fazer.
Seguir a lógica varejista é um dos maiores segredos do esporte nos Estados Unidos, até hoje o melhor exemplo de como enxergar o esporte como meio de reunião de pessoas e promoção de marcas. O americano vê o esporte como um meio de a marca falar com o consumidor de forma eficiente. E mais barata!
Os números astronômicos do Superbowl só são altos porque nenhum outro evento do showbizz americano reúne tanta gente em torno de um único tema por tanto tempo quanto a final do futebol americano. Até aí a lógica vale. O Superbowl é investimento “barato” perto do retorno de atenção que promove.
Nas últimas semanas, temos visto o futebol se preocupar em levar cada vez mais gente para o estádio. Para isso, fazem promoções e lançam meios de atrair o torcedor para lá.
O esporte é varejo.
Quando os gestores no Brasil perceberem isso, vamos começar a criar uma indústria do esporte de fato no país. O futebol é o carro-chefe disso.