Na quarta-feira, o presidente da Formula One Group, Chase Carey, deu uma entrevista coletiva em Barcelona, na Espanha. O dirigente reforçou o desejo de ter mais entretenimento na competição e traçou críticas ao seu antecessor pelo conservadorismo. “Sob o comando de Bernie (Ecclestone), a Fórmula 1 era um negócio que dizia não a tudo. Agora, queremos dizer sim a muitas coisas”, afirmou.
O plano é claro: criar novas conexões com os torcedores para ter mais seguidores na competição. O exemplo citado foi o Superbowl, com suas diversas atrações durante o evento. Basicamente, a Fórmula 1 quer deixar de ser do fanático por automobilismo para chegar a um público mais amplo. Ela quer sair de seu nicho.
Curiosamente, na semana passada o Canal Combate fez evento em São Paulo para sinalizar algo parecido. Para a emissora, o “superfã” de MMA representa uma limitação de alcance ao público consumidor. Abrir novos conteúdos significa mais público e mais assinantes. “Sair do nicho” também era o objetivo.
O problema da indústria do esporte é manter o equilíbrio entre o conteúdo que foca apenas o fanático com aquele que o desagrada. Afinal, esse “superfã” pode não ser o suficiente, mas ele não deixa de ser o principal consumidor desse mercado. Em estádios de futebol no Brasil, vê-se claramente essa dificuldade, com a rejeição a algumas ações de marketing.
No fim, a receita mais segura é que o entretenimento que envelope o evento esportivo faça parte do universo do próprio esporte, com ações que impressione os leigos e empolguem os fãs. Ainda que essa não seja, nem de perto, a receita do Superbowl.