Um estádio cheio multiplica o interesse de um patrocinador a uma arena de futebol. A afirmação pode parecer óbvia, mas os esforços dos times não costumam ir a essa direção. No futebol brasileiro, vale mais a bilheteria alta em curto prazo. Mas, pelo menos no último fim de semana, a mensagem ficou mais clara.
Foram diversas ações nos dois principais mercados nacionais. No Maracanã, por exemplo, a TIM aproveitou a decisão para exibir vídeo que exaltava o torcedor carioca; a empresa patrocina os quatro grandes clubes do futebol do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, foram diversas ativações na Arena Corinthians. Parceiros do time, Nike e Estrella Galicia aproveitaram a ocasião para se aproximar do público. Patrocinadores pontuais do estádio fizeram conteúdo específico para a partida nos telões, caso de uma consultoria de investimento e de uma distribuidora de filmes.
Há dois motivos claros para o interesse das empresas em estarem presentes nas arenas. O primeiro, mais fácil de ver, é o alto fluxo de pessoas. O segundo é o aumento da disputa pelo ingresso, a sensação de exclusividade no evento. Essa, especificamente, não tem como flexibilizar a negociação; ela só é possível com arenas cheias.
Por isso, para se pensar em estádios sustentáveis no Brasil é urgente dar prioridade a públicos mais altos. Mesmo que, para isso, haja uma diminuição no número de eventos. O Paulistão foi exemplo de que menos jogos podem significar jogos mais atraentes.
O grande case, aliás, é a NFL, com média de 68 mil torcedores. Na última temporada, o Patriots, jogou apenas 10 vezes em seu estádio. Com ocupação de 100%.