Acabou o ciclo de grandes eventos esportivos no Brasil. E, se não acontecerá a revolução no esporte que alguns esperavam, pelo menos ficarão valiosas lições que o mercado do país naturalmente absorverá.
No mundo do marketing esportivo, os Jogos Olímpicos marcam, mais do que a Copa do Mundo, a importância de os patrocinadores irem além do óbvio para serem efetivos em seus investimentos. Houve empresa que cruzou o Brasil para promover uma experiência de marca por meio de um evento esportivo. Agora, cruzar os braços nunca mais será suficiente.
Na linha da ativação, os Jogos Olímpicos deixam uma mensagem gritante para clubes e confederações: o bom patrocínio não depende, nem de perto, de exposição de marca. Não valorizar um aporte com o oferecimento de propriedades que deem múltiplas possibilidades ao seu parceiro tornou-se inaceitável.
Até em políticas públicas deverá ficar uma mensagem clara. A tal da meta de medalhas não serviu para nada além de perfumaria oficial durante os últimos anos. Passados os Jogos, está na hora de se pensar o esporte como uma plataforma de educação e saúde. Chega de patifarias que em nada acrescentam ao país e sua população.
E, por fim, algo fundamental: Copa do Mundo e Jogos Olímpicos tiveram milhares de problemas políticos, mas foram um enorme sucesso. O Brasil não deve a nenhum mercado quando se trata de promover um grande evento de entretenimento. Com seriedade e trabalho, não há mais justificativa para insegurança na hora de realizar um grande encontro memorável.