Há dois anos, quando a Crefisa decidiu ampliar o patrocínio ao Palmeiras e “escalou” a Faculdade das Américas para também fazer parte do pacote de marcas aparecendo na camisa do time, ligou-se um sinal de alerta entre as instituições de ensino popular no país.
No ano passado, a Fiap fechou com o São Paulo, mas não durou mais do que um ano a relação com o clube. E, neste ano, a Universidade Brasil faz uma aposta consistente, patrocinando os dois times de maior torcida e a seleção brasileira simultaneamente, algo que apenas a Nike havia feito antes.
Em meio às reclamações de falta de patrocínio por conta de crise, ou apenas com a solução da Caixa para ter uma marca na camisa, os clubes deveriam se mobilizar para promover uma busca de empresas de um segmento pelo patrocínio ao futebol.
Se a FAM usou a base de dados do Palmeiras para conquistar novos alunos como única ação um pouco mais concreta do que a simples exposição da marca, a Universidade Brasil mostra que há um interesse concreto em ligar a paixão pelo futebol com a área de estudos, algo que pode ser até um modelo tropicalizado de união entre esporte e educação num futuro.
E as outras concorrentes, será que estão sendo abordadas pelos clubes ou têm recebido proposta para fazer uma ação de engajamento com torcedores?
As instituições de ensino populares se fizeram no país graças ao uso de mídia na TV aberta. O futebol oferece essa exposição e, ainda, o benefício de uma sólida base de dados de torcida que pode ser explorada pela empresa.
Mas será que o futebol está preparado para ser ativo na hora da venda?
A falta de iniciativa é pior do que a crise para não achar um patrocínio.