A festa do Jogo da Amizade entre Brasil e Colômbia foi bonita, mas poderia ter sido ainda maior. A aposta da CBF de que a solidariedade do torcedor seria maior do que o histórico desprezo com que os grandes centros tratam a seleção brasileira pesou.
Sem Neymar e cia. estrelada do exterior (que muito provavelmente teriam a liberação de seus times para jogar, mesmo sem ser “data Fifa”), a convocação do técnico Tite foi estratégica. Teve um jogador de cada um dos quatro grandes do Rio, teve gente de todos os estados com grandes times.
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Mas como fazer o carioca se deslocar até o Nilton Santos numa quarta-feira às 22h para um jogo amistoso?
Apostar tão somente no fator solidário de doação de dinheiro, num momento de crise financeira do país, é arriscado. Por mais que fosse a camisa amarela, não era a seleção principal que estava ali no campo do Engenhão.
Foram 12 os estádios erguidos para a Copa do Mundo. Por que não escolher um deles para receber o evento? Por que não optar por uma praça em que não haja tantas opções de lazer como existe no Rio de Janeiro? Por que não levar a seleção para um lugar onde não há jogo do time nacional já faz algum tempo? Por que não olhar a média histórica de público quando o Brasil atua em partidas por aqui?
O fiasco de público, no fim das contas, mostra que a CBF ainda não conhece o Brasil. Foram vários anos sem que o time atuasse por aqui em amistosos.
A hora é boa para mudar isso.