A iniciativa do Fluminense de tentar se inserir no mercado europeu por meio da aquisição de uma filial na Eslováquia, mais do que um projeto de internacionalização de marca do clube, é a mostra de que o Flu sabe que tem de aprender por lá.
Durante décadas o Brasil exportou o pé-de-obra para os europeus, sem se preocupar em continuar na vanguarda técnica e organizacional do futebol no mundo. Com uma maior profissionalização na Europa, aos poucos predemos espaço até nos grandes centros do futebol de lá.
Ainda somos exportadores da matéria-prima, mas o produto chega lá precisando cada vez mais de uma boa lapidação. A matéria-prima é cada vez mais bruta e, por isso, também sai daqui ainda mais barata.
Ao ir para a Eslováquia, o Flu passa a fazer o caminho inverso dos europeus. Se, até então, os clubes de lá vinham para cá buscar o talento dos nossos jogadores, agora nós é que temos de ir para lá aprender como o nosso atleta pode ser mais bem preparado até para gerar melhor resultado financeiro para nossos clubes.
A venda do conceito de internacionalização da marca do Fluminense a partir da filial europeia é uma estratégia muito interessante do clube para convencer aqueles que pensam que o futebol brasileiro ainda é o melhor produto do mundo da bola.
O passo dado pelo Tricolor é um dos mais ousados entre os clubes do Brasil nos últimos anos. Pela primeira vez calçamos as sandálias da humildade e reconhecemos que, se quisermos ser protagonistas, temos de importar conhecimento.
O Flu pode começar a reduzir esse abusmo