Quando o sueco Ibrahimovic assinou com o Los Angeles Galaxy, houve quem questionasse a estratégia do time. A equipe californiana andou na contramão do que tem acontecido com outros times da MLS: preterir nomes conhecidos do futebol europeu para apostar em jovens talentos, especialmente na América Latina.
O movimento da liga de futebol dos Estados Unidos é bastante válido. Nos últimos anos, nomes como Lampard, Schweinsteiger e Henry chegaram ao país em fim de carreira e pouco acrescentaram à organização dos eventos. Seus rostos não eram fortes o suficiente para levar multidões, como era Beckham, e tampouco mostravam algo diferente em campo.
Apostar em revelações de mercado em desenvolvimento pode não ser um caminho fácil em curto prazo, mas corrige um dos grandes problemas da MLS, o baixo nível técnico dos jogos. Não por acaso, o mercado americano até tem alguma abertura aos grandes torneios europeus, mas a própria liga do país luta por maior espaço.
Mas, por enquanto, Ibrahimovic tem se mostrado um grande acerto para a MLS, e nem é por seu apelo técnico, ainda que o debute com um belo gol tenha ajudado na sua exposição. O jeito extravagante do sueco rendeu até entrevista no programa de Jimmy Kimmel, colocando o futebol em evidência na televisão aberta. A publicidade de sua chegada com a brincadeira do “bem-vindo, Los Angeles”, teve mais repercussão do que a modalidade costuma ter.
O resultado disso tem sido público no estádio. O StubHub Center tem lotado para acompanhar os passos do atleta sueco; a média de público já é cerca de 20% maior do que a média de 2017. Ibrahimovic tem mostrado que o grande astro, mesmo velho, ainda tem valor.